PTERIDACEAE

Eriosorus insignis (Kuhn) A.F.Tryon

Como citar:

Rafael Augusto Xavier Borges; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Eriosorus insignis (PTERIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

196.767,633 Km2

AOO:

36,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Prado, 2012).Em Minas Gerais a espécie foi encontrada em altitudes entre 1700 e 2030 m (Viveiros, 2010). Condack (2006) registrou a ocorrência desta espécie entre 1000 e 2300 m de altitude no Parque Nacional do Itatiaia.Segundo Tryon (1962) a espécie é considerada rara no Parque Nacional do Itatiaia - RJ

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Rafael Augusto Xavier Borges
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B2ab(iii)
Categoria: EN
Justificativa:

<i>Eriosorus insignis </i>tem subpopulações sujeitas a menos de cinco situações de ameaça, com uma AOO menor que 500 km² em áreas de campo rupestre e campo de altitude. Esses hábitats têm sido reduzidos gradativamente por atividades de mineração, incêndios, especulação imobiliária e o turismo desordenado.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta ombrófila e campo de altitude (Prado, 2012).Floresta de encosta nebular (Viveiros, 2010).Vegetação de cerrado e campestre (Salino; Almeida, 2008)Floresta ombrófila densa e formação campestre (Salino et al., 2009)
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: A espécie é uma erva, terrícola, ocorre em campo de altitude e floresta ombrófila úmida da Mata Atlântica (Prado, 2012).Os registros botânicos indicam que a espécie habita sobre rocha de ilhas de vegetação, em locais sombreados como os vales de montanhas e em vegetação úmida de floresta ombrófila densa alto montana (CNCFlora 2012).Em Minas Gerais a espécie foi encontrada com hábito terrícola ou rupícola, em locais úmidos e sombreados, dentro de floresta de encosta nebular, próximo de afloramentos rochosos (Viveiros, 2010)Também foi encontrada na Cadeia do Espinhaço, no quadrilátero ferrífero, uma das formações geológica mais antiga da Cadeia do Espinhaço sensu stricto (Salino; Almeida, 2008)

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining high
A regiãocentral do Espinhaço tem como principal ameaça a atividade mineradora(Vasconcelos et al., 2008).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.3.1 Mining high
A região doQuadrilátero Ferrífero em Minas Gerais é ameaçada pela atividade mineradora. Aextração do minério de ferro - cava - atinge diretamente os ecossistemas deCampo Ferruginoso, protegidos por legislação federal e estadual, classificadascomo Área de Preservação Permanente (Santos, 2010).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) high
Os remanescente de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, correspondem a 18,38% da área original do bioma no Estado (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
7.4 Wildfire local low
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100 ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
10.1 Recreation/tourism very low
Por sua expressiva beleza cênica e atrativos naturais,a Cadeia do Espinhaço vem se constituindo num alvo de mudanças sócio-espaciais ocasionadas pelo afluxo cada vez maior de visitantes e turistas, além da crescente ocupação caracterizada pelas segundas residências de lazer. O fluxo turístico e ocupação exógena adquiriu expressão a partir do final dos anos sessenta e vem aumentando significativamente nos dias atuais (Oliveira, 2002; Madeira; Ribeiro, 2009).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
"Deficiente de dados" (DD), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil, anexo 2 (MMA, 2008)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN Santuário do Caraçá, Parque Estadual de Ibitipoca, MG, Parque Nacional do Itatiaia, RJ (CNCFlora, 2011)